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Entre os nichos de mercado, o setor de serviços, em especial no turismo, é uma das fontes mais emergentes para receber o retorno dos investimentos nas diversas vertentes do seguimento. Esse cenário mostra que o turismo nas regiões do cerrado brasileiro está em evidente crescimento acelerado.
Exemplos disso estão as regiões do Jalapão, Serras Gerais, Vales dos Grandes Rios e Cantão no Tocantins, Chapada dos Veadeiros, Terra Ronca, Lagos formados pelas barragens de Serras da Mesa e Corumbá, região das águas termais na região de Caldas Novas em Goiás; parques da Chapada dos Guimarães em Mato Grosso, Chapada Diamantina na Bahia; Chapada das Mesas no Maranhão, Vale do Jequitinhonha em Minas Gerais, dentre tantas outras regiões de cerrados, propícios ao turismo ecológico.
É preciso o despertar das autoridades públicas, privadas e financeiras para estimular o empreendedorismo desses municípios com enorme capital turístico.
Nesse sentido é preciso que se unem-se, os estados, municípios, instituições financeiras " Bancos de Fomento, públicos ou cooperativos e o sistema "S", diga-se agem "SEBRAE, SENAC, SENAR, SENAI, SINE, SESCOOP´, SETAS, Órgãos ambientais, dentre outros, não lembrados".
Para isso, necessário que os municípios, busquem essas parcerias e convoque seus munícipes para o despertar das oportunidades de faturar nesse mercado, que, ao que parece não tem crise, e só tem aumento as buscas por essa modalidade de turismo ecologicamente correto.
O turismo, em especial aqui mais perto de nós, tem uma demanda enorme por diversos setores de serviços, principalmente nas receptividades. Por onde andei tem alta demandas por leitos de hospedagem, praça de alimentação, guias e condutores, interpretes de línguas estrangeiras, centros de informações e sobretudo, mão de obras qualificadas para serviços de hotelarias, atendentes de restaurantes, bares e lanchonetes.
Por se tratar de locais que a natureza proporciona praias e cachoeiras banhadas por aguas cristalinas, trilhas e cavernas, observação de aves e animais da fauna silvestres, tem também o nicho importante que requer o despertar da população desses lugares é a indústria de trajes de banhos, personalização de lembranças, artesanatos, biojoias e culinárias naturais a base de frutos do cerrado. O turista está deixando de gastar por falta de oferta de produtos e serviços.
Em 2024, o empreendedorismo ligado ao turismo no Brasil faturou cerca de 207 bilhões de reais só com os gastos com o turista doméstico, um aumento de 4,3% em comparação com o ano de 2023. Já os turistas internacionais gastaram no Brasil cerca de US$ 7,341 bilhões de dólares, o equivalente a cerca de 41,623 bilhões de reais aqui em nosso país.
O SEBRAE e as SETURs são, os principais entusiastas no incentivo ao desenvolvimento sustentável no turismo, mas é preciso que os demais órgãos do sistema "S", principalmente o SENAC, vinculado ao sistema Federação do Comércio seja convocado pelos municípios para, assim como Sebrae que capacita e incentiva os empreendedores. O Senac precisa ser chamado à responsabilidade para capacitar mão-de-obra, para recepcionar os turistas nas diversas áreas do setor, hoteleiro, restaurantes, guias turísticos, garçons e até intérpretes de línguas estrangeiras.
Mas é preciso também chamar o SENAR para estimular e capacitar os empreendedores no setor agrícola, aproveitando e manufaturando os frutos do serrado, derivados de leite, criação de frangos caipiras, suínos etc.
É preciso que o SENAI seja convocado a capacitar mão-de-obra para a produção de móveis, construção de edificações, roupas de banhos e promocionais. Como também é preciso convocar a Setas e a secretária de Cultura para formação de mão-de-obra, na produção de artesanato, agregados e agentes culturais.
É preciso que as prefeituras assumem seu papel de promoção social e estimule através dos CRAS, seus beneficiários dos programas sociais a sair do comodismo barato e entender que transferência de renda não pode ser permanentes, mas apenas um incentivo enquanto surgem oportunidades de ganhar mais e melhor. Como também é preciso que o SINE seja parte importante na intermediação de mão-de-obra qualificadas entre os desempregados e os empreendedores.
É preciso que os órgãos ambientais entram como parceiros, não para punir com multas, mas para educar ambientalmente para o uso sustentável dos recursos naturais. A educação ambiental é fundamental para garantir a permanência dos recursos hídricos, o principal fator da existência do turismo ecológico.
É preciso que o Estado disponibilize mais recursos para os FUNGETUR, com juros mais íveis, maior prazo é menos burocracia, e o Sebrae amplie seu fundo de aval com maior amplitude para oportunizar maior o ao crédito para os pequenos empreendedores, incentivando a geração de empregos e rendas aos munícipes do interior do Brasil.
As favelas nos grandes centros urbanos do Brasil, bem que poderia ser também um grande mercado do setor de turismo, mas é preciso que o estado brasileiro assume seu papel com combate a violência promovida pelo tráfico de drogas e garanta a liberdade de ir e vir, sem interferência dos donos das favelas, que aproveita a omissão do estado para delegar ordens severas aos moradores reféns da falta de liberdade.
Enfim, as oportunidades que a natureza e o turismo ecológico e sustentável oferecem, está nas mãos de quem sabe aproveitar e quer melhorar de vida. Falta apenas todos se unirem pela mesma causa, que é o desenvolvimento sustentável da população brasileira. Estado rico de natureza e econômica, mais pobres de falta de oportunidades.
Rodrigues di Sousa - é jornalista profissional e empresário do setor de comunicação e marketing em Goiás e Tocantins.